Flamengo aprimora jogadas de escanteio, mas não consegue vencer o Grêmio


O duelo entre Flamengo e Grêmio, analisado pelo especialista tático Victor Nicolau, do canal Falso 9, trouxe à tona tanto os pontos fracos quanto os aspectos positivos do time carioca. Em um vídeo curto publicado no Instagram, Nicolau destacou que, apesar de Filipe Luís ter apresentado uma “recaída” em sua performance, o Flamengo demonstrou evolução nas jogadas de bola parada.

Dinâmicas de Escanteios em Evolução

De acordo com Nicolau, o Flamengo tem aprimorado suas dinâmicas em escanteios a cada partida. No confronto contra o Grêmio, o Rubro-Negro apresentou um novo arsenal de jogadas em situações de bola parada. Embora as tentativas não tenham se concretizado em gols, algumas delas geraram grande perigo e poderiam ter garantido a vitória ao time de Filipe Luís. “Outra ideia do Flamengo para esse jogo foi na bola parada. O Flamengo passou a cobrar todas as bolas paradas curtas. A partir disso, a ideia era tirar o Léo Pereira da área, tirá-lo dessa zona de disputa, para encontrá-lo na segunda trave a partir de um cruzamento indireto”, explicou Nicolau.

A Batalha Aérea: Léo Pereira e Kannemann

A disputa entre Léo Pereira e o zagueiro Kannemann foi um dos pontos altos da análise. Nicolau detalhou como Léo Pereira buscou se destacar na briga com o defensor do Grêmio. “A bola parada poderia ser ainda mais importante contra um adversário muito retrancado. O Grêmio percebeu que o Flamengo tirava o Léo Pereira do bloco, e tirou o próprio Kannemann do bloco”, comentou. Essa movimentação tática gerou uma série de tentativas de cabeceio, mas sem sucesso. “Acabou, no escanteio direto, não funcionando. Mas depois ele próprio, Léo, cruzaria. O Kannemann estava totalmente desorientado fora da área, e a bola sobraria para o Pedro, que encontrou um recurso: uma puxeta. Infelizmente, a bola não entrou”, lamentou o analista.

Saúl: O Libertador de Léo Pereira

Uma das estratégias que se destacou foi a atuação de Saúl, que teve um papel crucial ao bloquear o zagueiro do Grêmio. Isso permitiu que Léo Pereira tivesse mais liberdade para atacar a bola. “Isso foi virando um meta game, o Flamengo foi mudando sua forma de atacar a partir dos escanteios. Depois desse lance, passou a colocar o Saúl para bloquear o Kannemann e manter a liberdade para o Léo Pereira lá fora”, explicou Nicolau. Apesar da vantagem, o Flamengo ainda enfrentava dificuldades em acionar Léo Pereira efetivamente.

Cruzamentos Indiretos e Oportunidades Perdidas

A análise também abordou a dinâmica dos cruzamentos. “Naquele momento, o cruzamento não chegou em um primeiro momento. Mas depois acabou gerando uma dinâmica do cruzamento indireto. O Flamengo teve dois contra um, dentro da área, e o Ortiz conseguiu cabecear. Só que a bola acabou batendo, também, no único zagueiro do Grêmio que continuava na jogada”, destacou Nicolau, evidenciando as oportunidades que o Flamengo teve, mas não conseguiu converter.

Riscos e Contra-Ataques: A Fragilidade do Flamengo

Entretanto, as jogadas perigosas não se restringiram ao ataque do Flamengo. Nicolau alertou para os riscos que a equipe corria ao não dominar a segunda bola após os escanteios. “Outro elemento do jogo em outro escanteio: a segunda bola, após o escanteio, é o lance mais perigoso. Ele pode entregar um gol se ele perder essa bola que cai para o De La Cruz”, enfatizou. Apesar de alguns erros, De La Cruz conseguiu neutralizar as transições do Grêmio, mas a fragilidade defensiva ainda era uma preocupação.

A análise de Nicolau revela um Flamengo em busca de soluções táticas, mas que ainda enfrenta desafios em sua execução. A evolução nas jogadas de bola parada é um sinal positivo, mas a equipe precisa aprimorar sua eficiência para transformar oportunidades em gols.



Fonte: Netfla

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