Flamengo vê naming rights de novo estádio superestimado e estica prazo de entrega antes de fim de estudo

É certo entre os atuais dirigentes que a falta de um estudo mais elaborado e a precificação abaixo da realidade em relação à obra vão esticar a entrega da nova casa para depois de 2029.

A diretoria presidida por Luiz Eduardo Baptista aguarda detalhes do estudo da FGV e da Arena Events+Venues, mas já estima que a obra custe mais de R$ 3 bilhões.

O valor é muito maior que dos que R$ 1,9 bilhão projetados pela administração de Rodolfo Landim. Todos esses custos serão revisados nos estudos, previstos para serem concluídos em março.

Entre os valores considerados superestimados, estão os naming rights, que foram apontados como solução para custear boa parte da construção, e renderiam R$ 800 milhões.

Os pares de Bap apontam que esse valor será impossível de ser antecipado pois em uma previsão de R$ 40 milhões por ano por 20 anos de exibição da marca uma alta taxa seria descontada.

O dinheiro de naming rights é esperado apenas na ocasião da inauguração, pois para fechar esse acordo é preciso que o projeto executivo esteja de fato pronto.

Apesar das dificuldades, nos bastidores Bap tem afirmado que o Flamengo terá o estádio próprio, mas que não será às custas de o clube virar uma SAF nem deixar de cumprir suas obrigações.

Não há, entre os dirigentes, pressa para se ter um estádio próprio sob risco de comprometer o desempenho esportivo.

A ideia da nova diretoria é não perder competitividade em meio a um mercado brasileiro inflacionado, com clubes dispostos a investir pesado em jogadores.

A nova diretoria do Flamengo já trabalha para promover modernizações no Maracanã para que o estádio, cuja concessão vai durar mais 20 anos, seja a solução até a obra ser finalizada.