laterais se sobressaem em classificação protocolar e resolvida em início fulminante; análise

O domínio no Maracanã foi traduzido na posse de bola, constantemente próxima dos 70%, e nos gols que saíram em sequência no início da partida, confirmando que a viagem do time paraibano ao Rio de Janeiro foi apenas turística. Após a vitória por 1 a 0 no jogo de ida, o rubro-negro podia até empatar.

Logo aos três minutos, Danilo aproveitou uma sobra na pequena área após escanteio e inaugurou o marcador. Aos seis, Pedro — que atuou durante os 90 minutos pela primeira vez desde que voltou da lesão no joelho esquerdo — ampliou em lance de oportunismo na grande área.

O segundo gol teve participação decisiva de Ayrton Lucas, dono de uma atuação incisiva pelo lado esquerdo. Ele havia perdido crédito após uma sequência irregular no último mês, mas ontem fez o que se esperava ao encontrar muito espaço no corredor diante de um adversário frágil. Aos 20 minutos, ainda deu cruzamento preciso para Varela dominar e bater cruzado.

O uruguaio teve destaque semelhante pela direita e, embora não tenha demonstrado a mesma incisividade nas estocadas ofensivas, deixou o gramado com um gol e uma assistência. No segundo tempo, encontrou Cebolinha pelo alto, no meio da defesa do Botafogo. Filipe Luís poderia ter escalado Wesley como titular — já que ele está suspenso da partida contra o Palmeiras —, mas acertou ao optar pelo camisa 2 e lhe dar mais confiança.

— Independentemente do primeiro resultado, e com todo respeito ao Botafogo, tínhamos como objetivo entrar concentrados e pressioná-los o tempo todo — disse Danilo. — Conseguimos, mas temos que nos cobrar, porque não podemos tomar um gol por desorganização defensiva.

O zagueiro se referiu ao primeiro gol do Botafogo, originado em uma rápida transição ofensiva e definido após uma saída espalhafatosa de Matheus Cunha, que permitiu a Henrique Dourado aplicar a “lei do ex”. O goleiro não aproveitou bem a chance na Copa do Brasil, demonstrando certa irregularidade em suas intervenções.

Outros dois jovens mostraram que ainda precisam de mais maturidade. O zagueiro João Victor errou o tempo de bola em um lance perigoso no primeiro tempo e rebateu mal uma bola que terminou em um belo chute e gol de Rodrigo Alves. Já Matheus Gonçalves teve uma atuação apagada, apesar de ter começado como titular. A bola pouco passou por seus pés, o que prejudicou o andamento do meio-campo. Substituído, recebeu vaias tímidas.