atuação de gala do rubro-negro merecia público melhor; análise


Se a Taça Guanabara não tem a mesma importância do passado, o

Flamengo

soube valorizar o jogo do título. Mais que a confirmação da 25ª conquista, o time de Filipe Luís desfilou no Maracanã. Deu show coletivo e individual em uma

goleada por 5 a 0 sobre o Maricá

que fez crescer ainda mais as expectativas para a temporada.

Um espetáculo, porém, sem coro nas arquibancadas. A partida foi alvo de boicote das organizadas, em protesto contra os preços de ingressos praticados pela diretoria. O Flamengo não tem conseguido repetir neste Carioca sua histórica boa média de público. No último sábado, foram menos de 30 mil.

A baixa procura fez o clube deixar de abrir dois setores do Maracanã em pleno jogo de título. Sem as organizadas, o público mais assistiu do que cantou. Mas fez festa no fim junto ao time.

É verdade que o Maricá foi muito passivo. Tentou se fechar atrás e deu todo o espaço para os rubro-negros avançarem e trocarem passes. Dito isso, o mérito do Flamengo foi justamente o de não relaxar. Atuou numa intensidade alta e com muita dedicação tática.

Os números mostram o tamanho dessa superioridade. Com 67% de posse, o Flamengo finalizou 19 vezes contra apenas quatro do adversário.

Os dois primeiros gols saíram após escanteios. O primeiro, aos 16, com Gerson chapando a bola. O segundo, aos 25, com Léo Ortiz empurrando para dentro em meio a um bate-rebate. Mas isso não significa que o time só explorou as bolas paradas.

No primeiro tempo, o Maricá praticamente não saiu de seu campo. Quando tentou, parou na forte pressão alta do Flamengo, que teve muitas oportunidades surgidas a partir de desarmes feitos da intermediária.

Chama a atenção o nível de entendimento que os jogadores já atingiram em pouco mais de um mês da estreia do elenco principal. Apesar das muitas movimentações, sabiam sempre onde o companheiro estaria. O que ficou simbolizado numa bela jogada, aos 23, em que o time recuou até sua área para obrigar o Maricá a se abrir. Num giro de corpo, Pulgar quebrou a marcação e iniciou o ataque acionando Bruno Henrique no meio do campo. O atacante lançou Plata, que só deixou para Varela, aberto pela direita, avançar e finalizar. Um pequeno baile coletivo de um minuto.

Individualmente, foram muitos os destaques. Gerson, Luiz Araújo, Arrascaeta, Plata e Matheus Gonçalves foram os maiores.

Na etapa final, o Maricá apareceu mais na frente. Mas deu ainda mais espaços atrás. E o Flamengo, que não caiu de rendimento com as mudanças, transformou a vitória em goleada. Arrascaeta fez o terceiro em chute colocado aos 11. Dois minutos depois, Luiz Araújo ampliou em jogada individual.

Aos 35, o ápice. Em outra bela troca de passes, Matheus Gonçalves tabelou com Wallace Yan, driblou dois e concluiu cavando por cima. A jogada ganhou aplausos de Arrascaeta e de todo o Maracanã. Como todo bom espetáculo termina.



Fonte: Netfla

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