Dez dias depois da
Supercopa do Brasil
,
Flamengo
e
Botafogo
voltam a se enfrentar, dessa vez pelo
Campeonato Carioca
, nesta quarta-feira (12), às 21h30 (de Brasília). O estadual, apesar de ter os times em campanhas distintas, consegue unir os rivais que tantas vezes se contrastam.
Botafogo e Flamengo são times que começaram 2025 com projetos bem diferentes. O Glorioso seguiu gastando na janela. Apesar de ter perdido nomes importantes do seu elenco, o time foi ao mercado e gastou para trazer nomes como Artur e Jair.
O Rubro-Negro, por sua vez, teve outra postura – diferentemente de outros anos, inclusive. No primeiro ano da gestão de BAP, o clube “apertou o cinto” nos gastos. Dos dois reforços, apenas Juninho custou algo aos cofres do clube, em negociação considerada barata. Danilo, por sua vez, veio de graça após o término do contrato com a
Juventus
.
Em entrevista à
CNN
,
José Boto, diretor de futebol do Fla, explicou essa nova política de contenção de gastos
.
“O problema é de fluxo de caixa. Para não chegarmos numa situação de salários em atraso, estamos neste momento em uma contenção, que também se deve por termos analisado o elenco. Sabíamos que não era necessário tanto investimento para continuar sendo competitivo e corresponder à demanda do torcedor”.
Mas, afinal, como o Carioca une os dois rivais? Simples, na forma como olham para o torneio no planejamento para a temporada.
Desde 2024, John Textor já admitia que o estadual não era a prioridade do clube, com o foco sendo em outros torneios. “Animado para ver alguns novos rostos do Botafogo contra o Fluminense. A prioridade é quarta-feira,
CONMEBOL Libertadores
, contra o
Red Bull Bragantino
“, escreveu, à época, nas redes sociais.
Agora, sem pressa, por exemplo, para contratar um treinador, o empresário não pretende mudar seu pensamento nem mesmo se o clube não chegar na semifinal pelo terceiro ano seguido.
Apesar de viver uma situação mais tranquila na tabela, Filipe Luís também olha para o Carioca como uma forma de preparação para a sequência do ano, sem querer forçar ninguém fisicamente.
“Estamos tentando controlar a carga para não fazerem dois jogos seguidos. Queremos que eles cheguem bem no
Brasileirão
. Não vou matar ninguém no Carioca. Se isso custar meu trabalho, azar. Quero ganhar o Carioca, não é desculpa. Os jogadores que jogarem é mais que o suficiente para ganhar”, declarou depois do clássico contra o
Fluminense
.
Agora, esses pensamentos parecidos (mesmo dentro de projetos distintos) serão postos frente a frente mais uma vez em 2025. O resultado, porém, pouco mudará no que ambos fazem na preparação para a temporada, marcada pela disputa do Mundial de Clubes no meio do ano para ambos.
Próximos jogos do Flamengo
Próximos jogos do Botafogo
Fonte: Netfla