Dono de um valioso e recheado elenco, o Flamengo tem um novo reforço a partir desta quarta-feira, 9: a volta de Pedro. Lesionado desde setembro de 2024, quando rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo, o centroavante voltou a ser relacionado para uma partida depois de quase sete meses em recuperação.
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E a gente vai ser feliz.
Olha ele outra vez no ar.
O show tem que continuar!#CRF pic.twitter.com/zkEFdgu4bd— Flamengo (@Flamengo) April 9, 2025
Entre os jogadores que irão ao Maracanã para enfrentar o Central Córdoba-ARG, o camisa 9 é uma peça diferencial no elenco por seu estilo de jogo. Todavia, muita coisa mudou desde sua última partida, que foi uma derrota contra o Corinthians, em 1º de setembro de 2024, pelo Brasileirão passado.
À época, Pedro era o artilheiro do Brasil no ano, com 30 gols em 43 jogos. E, apesar da boa fase, o time derrapava, comandado ainda por Tite.
Ou seja, Filipe Luís, atual treinador, nunca no seu trabalho pôde escalar um centroavante de boa estatura, com excelente capacidade de pivô e forte no jogo aéreo. Em 2024, ainda contava com Gabriel Barbosa, que entrega outros predicados, mas foi decisivo no título da Copa do Brasil.
Já para 2025, a realidade é outra. Além de Juninho, recém-contratado, que atua centralizado – mas com outras características -, o técnico utilizou Gonzalo Plata e Bruno Henrique pelo meio, apesar do histórico da carreira de ambos ter mais escalações pelos lados (como os mapas de calor abaixo evidenciam).
E como fica com Pedro?
Mesmo sem o principal goleador do elenco, Filipe Luís não enfrentou dificuldades no Flamengo. Até então, são 30 jogos oficiais, com 21 vitórias, oito empates e uma derrota, além de 52 gols marcados e só 16 sofridos.
Todavia, em termos de desempenho e briga por títulos grandes na temporada, é pouco provável imaginar um Flamengo sem o brilho do camisa 9. Assim, o modelo de jogo deve contar com uma mudança essencial no comando de ataque e, logicamente, deve tirar o espaço de um jogador.
Juninho, que tem ganhado espaço, deve perder suas chances de titularidade. Enquanto isso, uma vaga na esquerda pode passar a ser disputada por Bruno Henrique (artilheiro do time no ano), Gonzalo Plata e Everton Cebolinha.
A vaga na direita também pode flutuar. Gerson, que atua na função entre terceiro homem de meio e “falso-ponta”, abrindo o corredor para o ataque agudo de Wesley, pode ser deslocado novamente (setor que tem sido ocupado por Nicolás De La Cruz) para segundo volante em algumas ocasiões, tendo em vista características de ponta que Luiz Araújo pode entregar.
Já em um outro cenário, com o retorno efetivo do defensor Danilo (zagueiro e lateral), atualmente fora por lesão na coxa direito, o sistema pode mudar. Assim como em alguns momentos deste ano, Filipe Luís pode optar por escalar o Flamengo em um 3-5-2.
Claro, o esquema, assim como todo, é apenas uma base e não impede fluidez do sistema em diferentes fases do jogo. No entanto, pautando pela escalação inicial, há a possibilidade de Danilo ser um dos zagueiros, liberando os laterais para a função de alas, e centralizando mais ainda Gerson (esse um pouco mais recuado) e Bruno Henrique (como um segundo atacante pela esquerda).
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Fontes: Placar
