Flamengo e Chelsea têm compromisso marcado para o dia 20 de junho, no estádio Lincoln Financial Field, na Filadélfia, pela segunda rodada do Mundial de Clubes da Fifa de 2025, nos Estados Unidos. Ésperance, da Tunísia, e León, do México, completam o Grupo D.
Os técnicos Filipe Luís, do Flamengo, e Enzo Maresca, do Chelsea, falaram sobre suas expectativas para a competição, o primeiro Mundial com 32 equipes, em entrevista à Fifa. O ex-lateral brasileiro, que defendeu os Blues na temporada 2014-15,
“É especial porque eu conheço muita gente lá do Chelsea. É um clube que me recebeu super bem, e eu tive a possibilidade de ser campeão de dois títulos importantes, que são a Premier League e a Copa da Inglaterra [FA Cup]. E fui muito bem tratado, muito bem recebido por todos os torcedores e também por todos os funcionários do clube”, afirmou Filipe Luís.
“Agora, a parte do treinador, não é a mesma sensação de um jogador reencontrando o clube. Nós temos a intenção de fazer um bom trabalho, para deixar tudo preparado para os jogadores, para que eles possam se sentir confortáveis dentro de campo. E que possamos fazer um grande jogo, porque realmente o Chelsea tem um time excelente. É um dos melhores times da Europa, é dominante, tem a bola, gostam de propor jogo, pressionam alto, então eles vão com certeza causar muitas dificuldades”, prosseguiu o técnico rubro-negro.
Maresca, por sua vez, analisou o duelo sob o ponto de vista da atmosfera das torcidas. “Bem, em termos de cultura, os torcedores brasileiros também são ótimos de se ver, porque são animados, são divertidos. Então, com a cultura deles e a nossa se unindo, espero que possamos garantir que as pessoas que forem ao estádio assistir ao jogo tenham um ótimo momento.”
Filipe Luís também comentou a possibilidade de reencontrar dois de seus mestres, Jorge Jesus, técnico do Al-Hilal, e Diego Simeone, do Atlético de Madrid. “Isso seria muito especial. A parte boa é que eu conheço eles, e eles ainda não conhecem como eu trabalho”, brincou.
Confira, abaixo, as aspas completas dos treinadores.
Filipe Luís, técnico do Flamengo
Sobre jogar o Mundial de Clubes da FIFA
O que eu mais espero dessa competição e o privilégio que é poder disputá-la. Como jogador, tive a possibilidade de disputar todas as competições possíveis: Copa do Mundo, Mundial de Clubes, a Libertadores, Champions League, campeonatos, Copas e campeonatos nacionais. E, claro, um campeonato novo como o Mundial de Clubes da FIFA, como é esse campeonato que vai ter agora na metade do ano, eu não tive a possibilidade de disputar como jogador porque não existia. Então, estou tendo a oportunidade de disputar como técnico e liderando o clube do meu coração, o clube que eu amo e em que me aposentei. São os jogadores que me representam e representam toda essa nação, então é um privilégio muito grande estar disputando e espero que possamos fazer um grande campeonato, porque acredito que temos um grande elenco para isso.
Que tipo de ambiente espera encontrar nos EUA?
É sempre muito especial, né? Vivi um pouco dessa festa na Copa do Mundo, onde a gente sente o carinho do torcedor do nosso país nesses jogos, e eles se encontram com os torcedores dos outros países. Então, eu acredito que vai ser um choque cultural muito grande, mas uma experiência única para esses torcedores que vão nos acompanhar. E essa energia é importantíssima para a gente, para que os jogadores possam se sentir motivados. Não tenho dúvidas que a torcida do Flamengo vai acompanhar o time para onde o time for.
Sobre a torcida do Flamengo nos EUA
Aonde o Flamengo for, sempre tem torcedor, em qualquer lugar do mundo. Seja nos Estados Unidos, na Europa, ou na África. Existem flamenguistas por todo o mundo, porque são, na verdade, entre 40 e 50 milhões de torcedores que acompanham a equipe de uma forma muito apaixonada. Então, sabemos que vamos ter esse apoio do nosso torcedor, e queremos deixá-los orgulhosos.
Sobre enfrentar o Chelsea
É especial porque eu conheço muita gente lá do Chelsea. É um clube que me recebeu super bem, e eu tive a possibilidade de ser campeão de dois títulos importantes, que são a Premier League e a Copa da Inglaterra [FA Cup]. E fui muito bem tratado, muito bem recebido por todos os torcedores e também por todos os funcionários do clube, tenho muitos amigos lá. Essa é a parte boa. Agora, a parte do treinador, não é a mesma sensação de um jogador reencontrando o clube. Nós temos a intenção de fazer um bom trabalho, para deixar tudo preparado para os jogadores, para que eles possam se sentir confortáveis dentro de campo. E que possamos fazer um grande jogo, porque realmente o Chelsea tem um time excelente. É um dos melhores times da Europa. Jogam um dos melhores futebol da Europa. É dominante, tem a bola, gostam de propor jogo, pressionam alto, então eles vão com certeza causar muitas dificuldades.
Lembranças da Copa do Mundo de 1994
Eu tenho uma lembrança muito forte, muito viva, dessa final do Tetra contra a Itália em 1994. Quando foi para os pênaltis, toda a minha família de mãos dadas, rezando, na casa da minha avó. Eu tenho essa lembrança viva. E depois eu tive a oportunidade de me tornar amigo de muitos deles. E um deles É o Taffarel. Eu fiz uma amizade muito grande com ele, onde ele foi protagonista dessa seleção. E depois, também tive a oportunidade de jogar no estádio da final, na Copa América de 2016 nos Estados Unidos. Então, eu sempre penso que o futebol proporciona momentos únicos. E é um privilégio muito grande poder viver todas essas possibilidades que o futebol nos oferece. Voltar para os Estados Unidos, encontrar nossa torcida, jogar um torneio mundial, e fazer história. Então, me sinto com muita sorte de poder participar desse momento.
Como você se define como técnico?
Um trabalhador. Ambicioso. Sou um cara que quer chegar longe sempre, em tudo o que eu faço. Me dedico muito para isso, trabalho muitas horas e tenho um objetivo claro na minha vida, um sonho claro. E sempre vou na perseguição desse sonho. Nada me para até eu não esgotar todas as possibilidades que eu tenho para chegar onde eu quero. E como treinador, eu sou um principiante ainda, mas estou trabalhando muito para poder me desenvolver.
Sobre a possibilidade enfrentar Jorge Jesus e Diego Simeone, seus mentores
Isso seria muito especial. A parte boa é que eu conheço eles, e eles ainda não conhecem como eu trabalho. Mas eu conheço bastante como eles trabalham. São treinadores que me inspiraram realmente para poder hoje estar aqui onde eu estou. Principalmente o Simeone, foram oito anos. Ele tem uma influência e um impacto muito grandes na minha vida. Para mim seria especial poder jogar contra ele.
Enzo Maresca, técnico do Chelsea
O quanto está ansioso para o Mundial de Clubes da Fifa?
Bem, estou feliz, especialmente porque é um torneio que reúne os 32 melhores times do mundo. Então, é muito emocionante participar de uma competição tão grande. E você também tem a oportunidade de enfrentar outros técnicos de elite e alguns times de classe mundial.
Sobre jogar partidas na América do Norte
Nós estivemos lá no verão passado, e foi incrível. Havia muitos fãs por lá, e é uma oportunidade para eles nos assistirem e para nós os conhecermos. Então, sem dúvida, será uma ocasião especial.
Sobre enfrentar o Flamengo na fase de grupos
Bem, em termos de cultura, os torcedores brasileiros também são ótimos de se ver, porque são animados, são divertidos. Então, com a cultura deles e a nossa se unindo, espero que possamos garantir que as pessoas que forem ao estádio assistir ao jogo tenham um ótimo momento.
O clima internacional do grupo do Chelsea
[Ver] esses quatro países juntos – México, Brasil, Tunísia e Inglaterra – quatro culturas diferentes se encontrando, provavelmente trará momentos únicos em comparação com o que normalmente vivenciamos aqui na Europa.
Sobre tentar ser o primeiro vencedor do novo Mundial de Clubes
Uma motivação fantástica. É assim que você precisa encarar, como uma fonte de motivação. Como eu já disse antes, quando você está no Chelsea, seu objetivo é vencer o máximo possível. E quando estivermos lá, esse será um dos nossos objetivos: tentar ganhar o torneio.
Sobre lembranças de jogar em Atlanta
Era um estádio bonito. Se a memória não me falha, nós vencemos aquela partida contra o América do México também. Com certeza será diferente desta vez, porque este será um torneio oficial; aqueles eram apenas amistosos, que importam, é claro, mas não tanto. Espero que possamos fazer isso de novo, naquele mesmo estádio, e vencer o jogo.
A importância de Cole Palmer para o Chelsea
Eu já disse isso mais de uma vez: Cole Palmer está entre os melhores, os jogadores de elite que podem produzir algo a qualquer momento, criar algo do nada. Ele não estava comigo na turnê pelos EUA no verão passado, então também será uma chance para ele experimentar o ambiente por lá e se apresentar à [América do] Norte.
Fontes: Placar