Nem Flamengo nem Bruno Henrique foram pegos de surpresa com o indiciamento do atacante pela Polícia Federal, por suposto esquema de apostas para favorecer pessoas próximas, em 2023. Agora, o clube e o jogador se armam para defesa, tanto na esfera criminal, como desportiva. O Flamengo ainda não foi comunicado pelas autoridades, adota cautela, mas está preparado.
Internamente, admite-se que a situação de Bruno Henrique é delicada após as
provas divulgadas pela PF,
com chance grande de suspensão pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva, e possível denúncia pelo Ministério Público do Distrito Federal, que investiga o caso de suposta manipulação.
Até agora, porém, o Flamengo só se manifestou no sentido da “presunção da inocência”. E seguirá com Bruno Henrique como funcionário, sem qualquer punição.
“O Flamengo não foi comunicado oficialmente por qualquer autoridade pública acerca dos fatos que vêm sendo noticiados pela imprensa sobre o atleta Bruno Henrique. O Clube tem compromisso com o cumprimento das regras de fair play desportivo, mas defende, por igual, a aplicação do princípio constitucional da presunção de inocência e o devido processo legal, com ênfase no contraditório e na ampla defesa, valores que sustentam o estado democrático de direito”, diz nota do clube.
A
partir da comunicação das autoridades e da possível reabertura de processo no STJD, que arquivou o caso ano passado
, o Flamengo vai trabalhar na tentativa de atenuar as eventuais punições.
Se for suspenso preventivamente, Bruno Henrique ficaria 30 dias fora de ação. E a pena poderia chegar a dois anos de suspensão, no máximo, conforme o Código Brasileiro de Justiça Desportiva e o Regulamento Geral de Competições.
Nos artigos que tratam sobre comportamentos em relação a apostas e outros desvios de conduta, é possível que a pena seja aplicada em número de partidas, normalmente até 12 jogos, e multa, já que Bruno Henrique favoreceu apostadores, mas não ganhou dinheiro com as apostas.
O caso ficará a cargo do advogado do clube, Michel Assef Filho. Além dele, o vice-geral e jurídico Flávio Willeman e o vice de administração Marcos Motta estão alinhados para tratar do tema no Flamengo. Recentemente, o trio fez palestras sobre os riscos das apostas para o elenco principal.
Na parte criminal, Bruno Henrique já conta com um advogado de defesa. Até agora, o atacante não se pronunciou sobre o indiciamento da Polícia Federal, mas quando foi alvo da investigação alegou ser inocente e pediu que a Justiça fosse feita. Nessa esfera, o processo deve se arrastar por mais tempo.
Fonte: Netfla
