O Palmeiras enfrenta a possibilidade de perder o mando de campo em até dez partidas do Brasileirão. A punição é motivada por um incidente ocorrido durante o jogo contra o Cruzeiro, no Allianz Parque, que terminou empatado em 0 a 0. O árbitro da partida, Rafael Rodrigo Klein, relatou em súmula o arremesso de uma garrafa de isotônico que atingiu a cabeça do goleiro Cássio, do Cruzeiro.
De acordo com o relato do árbitro, o incidente ocorreu aos 41 minutos do segundo tempo, quando Cássio se preparava para cobrar um tiro de meta. A garrafa foi arremessada por um torcedor localizado na área destinada à torcida do Palmeiras. O delegado da partida informou que o torcedor foi identificado e que medidas legais seriam tomadas.
Embora o clube ainda não tenha sido denunciado pela Procuradoria do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), o Palmeiras pode ser enquadrado no artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que pune a falta de providências para prevenir ou reprimir o lançamento de objetos no campo. A pena prevista é de multa que varia de R$ 100 a R$ 100 mil. O parágrafo primeiro do mesmo artigo prevê a perda do mando de campo de uma a dez partidas.
O Palmeiras informou ter identificado o torcedor, que não é sócio do clube, e o encaminhou ao Juizado Especial Criminal (Jecrim) do estádio. Um boletim de ocorrência foi registrado e o CPF do infrator será bloqueado no sistema de venda de ingressos do clube.
Além desse incidente, o Palmeiras enfrenta outra possível punição. Os jogadores Piquerez e Gustavo Gómez foram denunciados por críticas à arbitragem na derrota para o Flamengo. Piquerez pode ser suspenso por até seis jogos por ofensas proferidas ao árbitro após ser expulso. Gómez também pode pegar gancho de até seis partidas por conduta contrária à ética desportiva, em decorrência de declarações consideradas críticas à atuação do árbitro. O auxiliar João Martins foi expulso e enquadrado no mesmo artigo do zagueiro.
Fonte: placar.com