Eduardo Paes brincou, dizendo que preferia que a construção do estádio prejudicasse o desempenho do time
Assim que Luiz Eduardo Baptista, conhecido como Bap, assumiu a presidência do Flamengo, a mensagem foi inequívoca: não haverá construção de estádio sem um estudo detalhado sobre o assunto. O dirigente expressou preocupação de que o clube pudesse comprometer seu desempenho esportivo em prol do investimento na nova arena. O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, que é torcedor do Vasco, manifestou seu descontentamento em relação à ‘responsabilidade’ do Flamengo no projeto.
— O Flamengo tem obtido grande êxito no futebol devido à sua capacidade de gestão. Várias administrações têm gerido bem os recursos do clube, demonstrando responsabilidade. O que o presidente Bap fez foi: ‘Vamos manter a aquisição do terreno’, assim, ele passa a ser propriedade do Flamengo. O clube já havia realizado o depósito dos recursos, que agora serão direcionados ao proprietário do terreno, a Caixa Econômica Federal. O Flamengo se torna o verdadeiro proprietário —, começou Paes.
— A questão agora é de modelagem, e o presidente Bap, junto à direção do clube, irá definir o prazo que não comprometerá as finanças do clube nem o desempenho esportivo… Não posso deixar de fazer uma brincadeira, adoraria que isso afetasse o desempenho esportivo para o Vascão sair vencedor. Mas, deixando as piadas de lado, é fundamental ter essa perspectiva —, acrescentou o prefeito do Rio de Janeiro, em entrevista à ‘FlamengoTV’.
A administração anterior do Flamengo, no momento da aquisição do terreno do Gasômetro, em 2024, planejava a construção do estádio para 2029. Entretanto, após extensos estudos solicitados pela atual diretoria, o cronograma foi revisado. Em meio a rumores de que Bap não avançaria com o projeto, o clube reafirmou a garantia da obra, embora sem pressa.
— Existiam várias condicionantes que precisávamos atender para avançar, impostas no edital. Ao avaliarmos as pré-condições apresentadas como premissas no projeto inicial, encontramos diversas dificuldades. As coisas não eram tão simples, rápidas ou fáceis de serem executadas. Não seria viável para o Flamengo construir esse estádio para a inauguração em 2029 —, afirmou, antes de concluir:
— Ao analisarmos a viabilidade econômica, considerando a realidade da taxa de juros no Brasil, ficou evidente que teríamos que abrir mão da performance esportiva. Provavelmente, seria necessário transformar o Flamengo em uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Fizemos uma proposta à Prefeitura e acreditamos que o sonho permanece vivo. O Flamengo terá seu estádio, mas não tão rapidamente quanto se imaginava —, finalizou Bap, em entrevista à ‘Flamengo TV’.
Enquanto o estádio do Gasômetro não é concluído, o Flamengo permanece no Maracanã. Isso se deve ao fato de que o clube renovou, no ano passado, a concessão do Templo Sagrado. Assim, o Mais Querido continuará a frente do Maracanã até 2044, em parceria com o Fluminense.
Publicado em colunadofla.com
Fonte: Flamengo RJ